Se você perguntar para um grupo considerável de brasileiros qual é o maior sonho deles, já imagina a resposta? Não, não estamos falando de ganhar na loteria da virada de ano, mas de algo que, erroneamente, para muita gente depende disso: conquistar a casa própria.

É claro que é possível sair do aluguel sem precisar pagar pelo imóvel à vista, basta financiar. No entanto, é importante saber qual a renda mínima para isso.

Não existe uma resposta exata para determinar essa renda, uma vez que ela está condicionada a outros fatores, como taxa de juros, região, entrada e valor do imóvel. Mas tudo bem; logo abaixo, a gente dá alguns caminhos para você ter uma boa noção de como entrar nesse processo de compra.

E se você mora em Belo Horizonte ou quer se mudar para a capital mineira e está pensando no assunto, esse texto é pra você. Continue lendo!

QUAL É A RENDA DA SUA FAMÍLIA?
COMPROVE-A.

Você sabe o que é renda familiar, nesse contexto? É a soma da renda de quem quer adquirir o apartamento, ou seja, pode ser uma pessoa somente ou um casal, irmãos ou mesmo uma família inteira. Ela é determinante para o financiamento, afinal, quanto maior é a renda, maior o valor do imóvel que você pode escolher.

Para o seu financiamento ser aprovado (seja em que banco ou entidade financeira for), é preciso comprovar essa renda mínima com declaração do imposto de renda, carteira de trabalho ou holerite, já que ela limita também o valor máximo que você pode financiar.

Esse valor, na maioria das vezes, não chega a 100% do preço do imóvel. Fora isso, cada instituição – pública ou privada – têm suas próprias condições relacionadas a facilidades de pagamento, contrato, juros., etc.

ENTENDA QUAL É A RENDA MÍNIMA PARA FINANCIAR UM APARTAMENTO

Vamos lá: como dissemos agora há pouco, apesar de não haver uma resposta exata, existem algumas dicas e regras de mercado para nos orientar.

REGRA DOS 30%

Essa é fácil de guardar, porque é simples e direta: a parcela do financiamento pode ser, no máximo, equivalente a 30% da sua renda.

Eis um exemplo prático: vamos supor que o imóvel que você quer comprar custe R$ 300.000,00. Sendo 100% financiado durante 20 anos, a parcela – sem juros – sairia a R$ 1.250,00 por mês. Portanto, para você poder arcar com essa despesa sem comprometer o orçamento, sua renda familiar mínima deverá ser de R$ 4.200,00.

Mas se a sua renda pessoal estiver abaixo do requerido, caso você tenha escolhido um apartamento mais caro, pode ser uma boa pensar em compor ela ao juntar mais uma pessoa no financiamento, ok?

RELAÇÃO DE AMOR (OU NÃO) COM O SEU BANCO

De acordo com o seu relacionamento com o banco (ou seja, a forma como você recebe seu salário na conta, se usa algum produto e serviço lá, etc.), você pode ser impactado com menos juros e, consequentemente, as parcelas do financiamento serão menores. Assim, é possível ter uma renda mínima menor (já que os juros não seriam altos) e até aumentar o valor do imóvel a ser financiado.

FUNCIONÁRIO PÚBLICO X PRIVADO

Todo funcionário público paga menos juros que as outras pessoas e ainda pode financiar uma porcentagem maior do imóvel.

Ou seja, voltando ao exemplo prático: se o apartamento de R$ 300.000,00 fosse financiado por um funcionário público, ele poderia ter uma renda menor, dar uma entrada menor e ainda financiar uma porcentagem maior.

E A RENDA MÍNIMA PARA FINANCIAR APARTAMENTO EM BH?

As regras são as mesmas, porém, levando em consideração todas as variantes em torno do imóvel que você está paquerando.

Em Belo Horizonte, há excelentes apartamentos, novos e em localizações valorizadas, que giram entre R$ 350.000,00 e R$ 500.000,00 e que você pode aplicar dentro do cálculo dos 30%, por exemplo, e considerar o banco e o seu status como funcionário público ou privado.

Vamos criar uma simulação de um apartamento no My View, que custa – hipoteticamente – R$ 459.700,00. Considerando que na Tetum é preciso que o comprador dê como entrada 20% do valor do imóvel – ou seja, R$ 91.940,00 –, e que você poderia financiar o restante em 30 anos sem juros, as mensalidades ficariam em R$ 1.021,00. Portanto, sua renda mínima deveria ser por volta de R$ 3.600,00.

Também é possível usar seu imóvel atual como parte do pagamento do novo, mas isso é assunto detalhado para um futuro texto do blog. 😉

APROVEITE AS NOVAS FACILIDADES DA CAIXA ECONÔMICA

Em 2018, a Caixa reduziu as taxas de juros e créditos imobiliário e aumentou o percentual de financiamento do valor de imóveis. Com isso, ela garante uma economia superior a R$ 100 mil (conforme, claro, a faixa de preço do apartamento).

Segundo o economista e coordenador sindical do Sindicato da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Daniel Furletti, as mudanças vêm gerando reações positivas no mercado imobiliário, uma vez que as pessoas acabam tendo menos medo de assumir um financiamento. Por isso, a hora de pensar na sonhada casa própria é agora, enquanto essas facilidades estão em vigor.

E aí, o que achou? É possível para você financiar o apartamento que você quer, de acordo com a renda familiar disponível? Vamos trocar uma ideia nos comentários abaixo. 😉