Ter o próprio imóvel continua sendo um dos maiores sonhos dos brasileiros. Segundo pesquisa, esse objetivo é prioridade para 52% das famílias no país – mais da metade! É por isso que tantas pessoas procuram maneiras de economizar dinheiro e comprar seu apartamento em algum momento da vida.

Rever alguns comportamentos e repensar seus hábitos de consumo ajudam, e muito, a chegar nesse objetivo. O segredo – que, na verdade, não é segredo algum – é ter foco, organização e planejamento, seja para pagar as parcelas de um financiamento sem se embolar ou mesmo comprar o apartamento à vista.

Para entender como fazer isso, continue lendo!

Conheça seu dinheiro

Para economizar e comprar seu apartamento, é natural que você precise saber o status das suas finanças na ponta da língua.

Para começar essa relação estreita, separe sua renda mensal e seus gastos mensais entre fixos e variáveis. Ou seja, seu salário, freelances (se houver) e outros tipos de rendas variáveis, assim como aluguel, contas de água, energia, gás, supermercado e por aí vai.

O sucesso dessa etapa depende do quão detalhista você será. Registrando toda (toda, mesmo) a sua movimentação financeira, você terá pleno controle da saúde do seu dinheiro, possibilitando que você consiga cortar ou reduzir gastos desnecessários, poupar em alguns aspectos e até investir. 

Depois, trace um planejamento

Com o registro pronto, será possível que você avalie quanto poderá economizar mensalmente sem passar por apertos e fazer projeções dos valores para os próximos meses, por exemplo.

Pense nisso como uma espécie de fluxo de caixa que te ajudará a definir que fatia do seu dinheiro poderá ser destinada para um investimento mensal. Vamos supor que, a partir daí, você perceba que sobram cerca de R$ 300 por mês; use esse dinheiro para investir (falaremos mais disso adiante), sem gastá-lo com outras finalidades.

Prevenir é melhor que remediar

Seguindo essa linha de pensamento anterior, se o seu caso é financiar o apartamento, tenha o dinheiro da parcela separado e disponível todo mês. E, para evitar quaisquer acidentes financeiros, você pode criar uma reserva com três vezes o valor dessa parcela.

Além da organização com seus gastos pessoais, é preciso pensar nas despesas envolvendo a documentação do novo apartamento e escritura, bem como reformas, móveis, eletrodomésticos, a própria mudança, o condomínio e IPTU.

Portanto, que tal ter essa estimativa desde já?

Faça cortes no orçamento com estratégia

Economizar não significa abrir mão daquilo que você gosta. Afinal, planejamento financeiro é justamente para se PLANEJAR e conseguir fazer cortes e redução de gastos sem ser radical. Tudo é ajustável!

Com o tempo, você vai aprender a fazer escolhas assertivas sobre em que tipo de despesas pode mexer e ficar craque no assunto. Assim, comprar seu apartamento com segurança vai parecer mais simples.

Faça uma avaliação cuidadosa das suas despesas e do que pode ser alterado, como:

TV a cabo, telefone e internet

É possível escolher um plano mais barato do que o seu atual, por exemplo?

Água e luz

Analise como você pode reduzir as contas aqui, seja tomando banhos mais rápidos e desligando eletrodomésticos quando não estão sendo usados.

Pedidos de delivery, happy hours e baladas de fim de semana

Tente traçar uma espécie de cronograma em que você delimite uma quantidade de dias para sair no mês, ou mesmo escolher lugares mais baratos para frequentar. Questão de adaptação.

O que nos leva ao próximo tópico da lista de dicas:

Evite compras por impulso

Economizar dinheiro e enfim comprar seu apartamento envolve, com certeza, saber evitar compras por impulso. Elas são, provavelmente, as despesas mais fáceis de serem administradas, já que não são prioritárias na sua vida.

O consumismo é um obstáculo no caminho do seu objetivo principal. Esqueça o prazer imediatista da compra de momento e foque na recompensa final por ter deixado de levar pra casa aquela calça em promoção (que você nem precisava).

Quem sabe uma renda extra?

Ter uma renda extra é sempre bom; mas, nesse caso, a ideia é que ela seja destinada exclusivamente para comprar seu apartamento.

Pense nestas possibilidades:

• Dar aulas particulares de um assunto que você domina;
• Normatizar trabalhos acadêmicos;
• Abrir uma lojinha online e vender alguns produtos (feitos a mão, por exemplo);
• Trabalhar como motorista de carro de aplicativos nas horas vagas;
• Trabalhar com eventos nos fins de semana etc.

Por fim, faça seu dinheiro gerar mais dinheiro

Em suma: ao invés de apenas guardar, invista parte da sua renda.

Especialistas dizem que aplicações em renda fixa são uma boa recomendação. Se você não tem experiência nisso, o ideal é mesmo escolher aplicações de baixo risco ou procurar alguma assessoria para te orientar a fazer o melhor de acordo com o seu objetivo: comprar seu imóvel.

Veja algumas sugestões de investimentos para você pesquisar:

Tesouro direto

O Tesouro Direto nada mais é do que um programa de investimento que permite a compra de títulos públicos federais por meio de uma plataforma digital.

Com apenas R$ 30,00 você já pode ter um investimento seguro e com uma rentabilidade bem melhor que a da poupança.

CDB (Certificado de Depósito Bancário)

Neste tipo, funciona assim: você empresta uma quantia de dinheiro para um banco e, após um período de tempo estabelecido, ele devolve o seu dinheiro acrescido de uma taxa de juros (prefixada ou não).

LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)

Assim como o CDB, esses tipos de investimentos se baseiam em emprestar o seu dinheiro para uma instituição financeira, e também possuem rendimento maior que a da poupança.

A diferença é que os recursos adquiridos por meio do LCI são destinados ao financiamento imobiliário e, os da LCA, ao agronegócio. Além disso, são isentos de imposto de renda!

E então, o que achou das nossas dicas? Já coloca uma ou várias delas em prática? Conte para a gente na caixa de comentários abaixo!